Desde
sempre há conselhos por parte de nossos pais, professores, amigos, que sempre
devemos ler livros, sempre buscando começar pelo assunto que gostamos. Porque isso
ajudaria nas nossas percepções, ampliaria nossos horizontes, estimularia a
criatividade, incitaria o senso crítico, melhoraria a atividade cerebral e etc.
Desde
minha adolescência sempre fui orientada a ler sempre e mais. Sabemos que pra
quem não tem o hábito, realmente há uma certa preguiça em iniciar essa atividade
que comprovadamente é benéfica para nosso cérebro. Sempre admirei pessoas que
tinham esse hábito e visivelmente eram pessoas inteligentes as quais você poderia
conversar sobre qualquer assunto. Mas confesso: eu tinha preguiça de ser assim
também.
Quando
iniciei a faculdade de Letras (que não concluí), eu tinha 20 anos e foi aí
então que fui inspirada a ler mais.
E
esse desejo se instalou em mim.
Enfim,
conforme se iniciava minha “nova vida” como leitora, eu não sabia a forma correta
de como escolher o livro “certo”, sobre qual assunto eu deveria buscar para
começar a ler. Até que na livraria os corredores que mais me atraiam eram os de
autoajuda.
Pensei:
autoajuda! Quem não precisa um pouquinho?
E
lá se iniciou a compra de boa parte do acervo de livros que tenho hoje.
Conforme
os anos e experiências de leituras li um livro que despertou em mim o
seguinte: ler livros é como se relacionar com pessoas.
Você
sempre começa a buscar aqueles que têm ideias em comum, tem também aqueles que você
deve se relacionar/ler ainda que não o entenda, e tem também aqueles que te
inspiram a ser melhor e entra pra lista de pessoas/livros favoritos, tem também
aqueles que a troca e o conhecimento é interessante, mas com muito respeito você
discorda de alguns pontos de vista, tem também aqueles que enfeitam sua
estante, opa, sua vida, pra dizer “eu tenho, que bom que tenho”, tem também o “sagrado”,
aquele que tem grande responsabilidade para sua maturidade espiritual e que te
leva a conexão com Deus.
Então
talvez seja isso: a leitura nada mais é do que exercer a democracia literária,
nos preparando para a vida fora das páginas, mas sem sair delas.
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