segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Lectura


Desde sempre há conselhos por parte de nossos pais, professores, amigos, que sempre devemos ler livros, sempre buscando começar pelo assunto que gostamos. Porque isso ajudaria nas nossas percepções, ampliaria nossos horizontes, estimularia a criatividade, incitaria o senso crítico, melhoraria a atividade cerebral e etc.
Desde minha adolescência sempre fui orientada a ler sempre e mais. Sabemos que pra quem não tem o hábito, realmente há uma certa preguiça em iniciar essa atividade que comprovadamente é benéfica para nosso cérebro. Sempre admirei pessoas que tinham esse hábito e visivelmente eram pessoas inteligentes as quais você poderia conversar sobre qualquer assunto. Mas confesso: eu tinha preguiça de ser assim também.
Quando iniciei a faculdade de Letras (que não concluí), eu tinha 20 anos e foi aí então que fui inspirada a ler mais.
E esse desejo se instalou em mim.
Enfim, conforme se iniciava minha “nova vida” como leitora, eu não sabia a forma correta de como escolher o livro “certo”, sobre qual assunto eu deveria buscar para começar a ler. Até que na livraria os corredores que mais me atraiam eram os de autoajuda.
Pensei: autoajuda! Quem não precisa um pouquinho?
E lá se iniciou a compra de boa parte do acervo de livros que tenho hoje.
Conforme os anos e experiências de leituras li um livro que  despertou em mim o seguinte: ler livros é como se relacionar com pessoas.
Você sempre começa a buscar aqueles que têm ideias em comum, tem também aqueles que você deve se relacionar/ler ainda que não o entenda, e tem também aqueles que te inspiram a ser melhor e entra pra lista de pessoas/livros favoritos, tem também aqueles que a troca e o conhecimento é interessante, mas com muito respeito você discorda de alguns pontos de vista, tem também aqueles que enfeitam sua estante, opa, sua vida, pra dizer “eu tenho, que bom que tenho”, tem também o “sagrado”, aquele que tem grande responsabilidade para sua maturidade espiritual e que te leva a conexão com Deus.
Então talvez seja isso: a leitura nada mais é do que exercer a democracia literária, nos preparando para a vida fora das páginas, mas sem sair delas.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário