Olá, amigos, tudo bem?
Pra quem não sabe, eu gosto muito de escrever
pensamentos, criar poemas, poesias, sempre tentando romantizar o lado bom da
vida. Sim, porque sempre podemos ser melhores, superar situações, dividir
nostalgias e porque não expressar isso através da escrita?
Hoje
em dia muitos assuntos que eram tabus, estão vindo de uma maneira muito
reflexiva para aqueles que não falavam muito sobre, que não sabiam do que se
tratava ou que passaram por essa situação e nunca compartilharam isso com
ninguém e um desses temas é: Relacionamento
Abusivo.
Eu
presenciei um relacionamento assim, eu convivi com a pessoa que sofria esse
tipo de abuso e também com o abusador. Mas eu só percebi que era um (RA) quando
algumas situações começaram a se agravar, até então, eu achava que eram brigas
“normais” de casal. Na época, eu não sabia muito o que era um (RA), eu tinha
uma vaga noção do que significava mas não profundamente. Hoje em dia, creio que
todos nós temos um pouco mais de conhecimento sobre esse assunto pelo fato de
estar vindo á tona em muitas situações nesse Brasil á fora. Inclusive, com
exemplos até em programas de TV no qual houve denúncias e etc.
Quando
eu percebi que estava diante dessa situação, eu confesso amigos, eu julguei. Eu
achava que a pessoa que estava sendo abusada, deveria dá um basta naquilo, que
ela mesma poderia resolver tudo, que era muito feio ela aceitar aquilo.
Mas
às vezes, a pessoa abusada não tem noção de que está em um relacionamento
abusivo, e às vezes sabe mas não tem forças pra sair. O meu foco aqui gente, é
tentar ajudar também quem são amigas (os) destas pessoas e não sabem o que
fazer e dizer.
Eu
julguei a pessoa abusada e o abusador. Não dizia nada a eles, mas conversava
com meu esposo sobre isso. Até que houve um momento em que eu entendi que eu
precisava ajudar e conversar com ela sobre o próprio relacionamento.
Mas
os momentos em que eu tentava ajudar com conversas e de outras maneiras, a
pessoa se defendia, desviava o assunto, mas eu sentia que mesmo assim, somente
pelo fato de ela estar ali comigo, já a fazia feliz, a boca não dizia, mas seus
olhos gritavam. Percebia que só não falávamos mais sobre o assunto porque havia
vergonha da parte dela de estar nesta situação, provavelmente se sentia
culpada, ainda mais pelo fato de seus pais morarem perto, já tinham certa idade
e ainda estavam passando por um luto de um outro filho.
Muitas
vezes ela vinha pra minha casa e ficávamos conversando, por horas...
E
isso acontecia com certa frequência, até que chegou a ponto de eu perceber que
ela preferia ficar ali comigo a voltar pra casa. Então, quando eu percebi que
de certa forma eu a ajudava, eu continuava sempre ali. Gente, às vezes a pessoa
não quer tocar no assunto, às vezes por algum motivo ela não consegue decidir
naquele momento, então forçar um conselho, forçar que a pessoa tome uma decisão
imediatamente pode não adiantar, pode não ajudar. O melhor a fazer é sempre
deixar claro pra pessoa que ela pode contar com você sempre que precisar. E com
muita delicadeza, informá-la que há centros de ajuda á mulher quanto a essas
situações.
Mas
o problema maior foi quando o abusador descobriu que nós (eu e meu esposo), já
sabíamos de tudo o que estava acontecendo. E logo deu um jeito de nos afastar
dela, inclusive de uma forma bem agressiva. Incluindo tirar o telefone dela
para que não falasse com mais ninguém e até com a própria família.
Enquanto
ainda tínhamos uma relação de amizade e percebi que eu poderia ajudá-la de
outras maneiras, eu entendi que o correto era sempre estar ali com ela,
tentando ajudar conforme o espaço que me dava. Gente, o mais importante é nunca
desistir da vítima, e dependendo da sua fé, ore com a pessoa, ore á Deus por
essa pessoa e fique com muita certeza de que tudo irá se ajustar. E caso você for
o amigo do abusador, não concorde com isso, não seja cúmplice, converse com a
pessoa também e diga que á centros de ajuda para esse tipo de situação, o
importante é sempre tentar ajudar e nunca fingir que isso não está acontecendo
perto de você.
Site
que ajuda parentes, amigos e também vitimas do Relacionamento Abusivo.
Eloá
Moraes
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