Eu andava pela casa e vi algo
que me chamou a atenção, fixei os olhos e lembrei:
Era um presente de alguém que
eu não tinha mais contato. Um objeto que decorava um canto meu e que combinava
com tudo. Um objeto que gostei de ter ganho.
Que jamais pensei em me
desfazer, mesmo depois de ter cortado relações com esse alguém.
Neste caso, se tratando de uma
amizade.
Lembrei que na época em que ganhei,
era meu aniversário, na hora de comprar a pessoa pensou no meu gosto, na minha
preferência, e sem contar na embalagem que veio. Embalagem que transmitia
carinho e preocupação em agradar meus olhos. Então porque se desfazer? não precisa...
Independente do que aconteceu
com a relação, tudo o que foi/for bom, deve ser preservado. Né não? Ou eu que
tô querendo ser romântica?
A questão é que devemos
admitir quando algo não dá certo, mas
não é por isso que devemos esquecer a parte boa que houve no tempo em que dava
certo. Concluí que seria imaturo da minha parte não preservar aquele presente,
aquele momento. Pois foi tudo o que realmente ficou ou que deveria ficar. Lembranças
da parte boa da relação e desintoxicação das ruins.
Faz parte. A diferença é como
fazemos com tudo isso em nossas mãos.