domingo, 23 de junho de 2013

Veracidade

Bolsa de pano embaixo do braço, com coisas importantes dentro. Numa esquina fria e cheia de perigos, antes da aflição o sentimento de que tudo depois daquilo se resolveria e uma ponta de esperança de que não mais esperaria.
O tempo passava e os graus Celsius diminuíam. Os que passavam por ali já percebiam e provavelmente se questionavam que sim, eu estava a espera de alguém. Continuamente a batalha eram várias, vencendo o cansaço, vencendo o frio, quase vencendo as águas que enchiam os olhos, tentando vencer o transtorno sentimental e decidindo o qual resolveria.
Suportando maus cheiros e sons incômodos, na verdade isso era de menos perto do que talvez aconteceria. De tudo, o que mais pesava eram os pensamentos, malditos! Que borbulhavam e me deixavam mais nervosa... e aflita. Isso tudo eu posso chamar de prova, prova de no mínimo de amor e prova de que nem mínimo de amor eu tinha por mim.
Eu poderia ter ficado ali por mais um tempo, sim! Mas veio a chuva e disse que era desnecessário, me mostrou que tinham pessoas que a estavam aproveitando bem melhor e que era para eu fazer o mesmo, não desistindo de tudo, mas de não decidir naquele momento.
E rápido passou a estupidez, depois de algumas oportunidades que eu tinha perdido de cair fora dali, a chuva também me mostrou minha última oportunidade de tudo passar logo e doer menos. Sem citar características, digo que cheguei em casa bem e que fui trazida por um anjo.
Benditos! Volto atrás do que disse sobre os pensamentos, benditos! Pois eles já estavam me fazendo bem e me ajudaram a concluir que bastava pensar mais pouquinho, mas usando a inteligência que eu tinha perdido por aquele momento tolo que passei.
Nada foi resolvido naquele dia e foi desnecessário passar por tudo, quem eu esperava para acalmar tudo e aproveitar o resto do dia não veio, então se passou o tempo do erro de perder tempo, mas foi provado, o que eu sentia foi provado, foi verídico!

O dia seguinte já era tempo perdido para o perdão. E o que já tinha pouco dentro de mim, diminuiu, foi embora e nunca mais foi a mesma coisa. Mas houve uma decisão, de nunca mais passar por aquilo e de não esperar por quem não vem.

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